segunda-feira, 25 de junho de 2012

QUEM PODE JULGAR?



“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?” – Mateus 7:1-3.


Quando vemos, no ministério ou na igreja, um irmão ou uma irmã que cometeram pecado, existe pelo menos três coisas que nós não sabemos. Primeiro; não sabemos o quanto se empenharam para não pecar. Segundo; não sabemos qual o poder ou forças que os dominaram. E terceiro; não sabemos o que teríamos feito nas mesmas circunstâncias.


Temos o hábito de julgar as pessoas: “Ela é fraca e não sabe resistir aos momentos de dificuldades”; “Ele se deixa envolver facilmente com coisas erradas”; “Eles bem que poderiam ter evitado aquela situação”; e outros comentários semelhantes. Até parece que não erramos nunca, que não fraquejamos em nenhum momento, que somos sempre fortes e inabaláveis.


Por que, em vez de criticar e condenar os irmãos, não procuramos compreender a situação? Por que, em vez de virar as costas aos “pecadores”, não nos oferecemos para ajudá-los, para abraçá-los, para mostrar-lhes algo melhor? Temos o dever de amá-los e não de diminuí-los ainda mais.


Por acaso nós nos colocamos em seus lugares? Será que realmente seríamos nós mais santos e firmes se enfrentássemos os mesmos dilemas? Resistiríamos mais se sofrêssemos as mesmas tentações? Agiríamos com mais honestidade se nos confrontássemos com as mesmas facilidades? Teríamos coragem de atirar pedras, como não tiveram os acusadores da mulher pecadora dos tempos de Jesus?


Por que o Senhor Jesus nos mandou cuidar primeiro do cisco de nossos olhos antes de querer tirar o dos nossos irmãos? Somos mais santos que eles? Somos mais puros que eles? Temos as vestes mais brancas do que as deles? Justamente esse é o nosso erro: queremos compaixão e misericórdia quando erramos, mas queremos severidade e justiça para aqueles que fracassam. Achamos sempre que a falha do próximo é injustificável, intolerável, que deve rapidamente ser punido, banido, cortado, mas não agimos da mesma forma quando cedemos às tentações e ao erro. Nós nos achamos melhores, e, queremos sempre ser aceitos, compreendidos e perdoados.
Como seria nosso sentimento, quando pecamos, se as pessoas agissem exatamente como nós agimos com os outros? Queremos perdão e misericórdia? Tolerância e paciência? Amor e compreensão? Primeiro devemos aprender a colocar em prática essas verdades com aqueles que também erram, pois “como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós, também” (Lc 6:31).


Devemos ter a consciência de que não somos melhores que ninguém, e todos estão propensos aos mesmos pecados. Por isso a Palavra de Deus nos adverte: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia” (I Co 10:12). Todos nós carecemos da mesma graça, misericórdia e perdão de Deus. Por isso não nos cabe o direito de julgar aqueles que falham, mas devemos ser o reflexo de Jesus, perdoando, acolhendo, amando, mostrando o caminho certo e ajudando sempre!


Todos nós somos abençoados pela misericórdia e pelo amor de nosso Senhor. Que saibamos agir da mesma forma com todos que estão diante de nós.


Deus abençoe!